Com o tema central: Em defesa da educação pública e contra a agenda repressiva de retirada de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, começou nesta segunda-feira (23), o 36º Congresso Nacional do Andes – Sindicato Nacional.

Na abertura dos trabalhos, realizada no Teatro da Universidade  Federal do Mato Grosso – UFMAT, os presentes foram recepcionados com apresentações regionais de dança e música regional, seguida da solenidade oficial de início do congresso e plenária de instalação com membros da diretoria nacional do Andes e convidados, dentre eles, representantes da Fasubra, Sinasefe, MST, MTST e do reitor da UFMAT.

No período da tarde aconteceu a plenária do tema 1: Movimento Docente, conjuntura e centralidade de luta. O primeiro dia foi encerrado com a palestra dos representantes do Casarão da Luta e da Auditoria Cidadã da Dívida.

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A seção sindical Apug-Ssind está representada pelos professores Gilberto Correia da Silva, Américo Ricardo Moreira de Almeida, Joel Moisés Silva Pinho e Paulo Henrique Costa Mattos, eleitos na assembleia geral ordinária, realizada no dia 16 de novembro de 2016.

Para o professor e diretor da Apug, Ricardo Almeida, que participa pela primeira vez do Congresso Nacional do Andes, o momento é peculiar, pela situação política em que vive o país. “Acredito que é de suma importância, diante da conjuntura atual, a discussão das visões, posicionamento e estratégias de ações para que possamos realmente – se não avançarmos na forma ideal – garantir o mínimo de sobrevivência de uma categoria tão fundamental para o desenvolvimento do país”.

A mesma opinião tem o professor Paulo Henrique Costa Mattos, que também representa a Apug-Ssind na diretoria nacional, como 1º secretário da Regional Planalto do Andes. De acordo com Mattos, o 36º Congresso Nacional ocorre em um momento histórico de crise estrutural do capitalismo, onde o capital, para resolver suas contradições cada vez mais precariza o trabalho, intensifica a retirada de direitos social, faz o desmonte da legislação trabalhista e gera uma fragmentação e terceirização das politicas públicas sem precedente. “Tudo isso após o fracasso de um governo de conciliação de classe que ao ser retirado do governo, abriu chance para uma retaliação se setores conservadores como nunca tinha se dado nas últimas décadas”, frisou Mattos.

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O professor enfatiza ainda que hoje vive-se uma realidade de desmonte de um Estado que apesar de nunca ter sido efetivamente democrático, teve na Constituição de 1988 importantes conquistas para a classe trabalhadora brasileira. “Nesta situação só resta aos trabalhadores da educação, o caminho da politização, da compreensão da situação em que vivemos e da construção de um sindicalismo classista, politizado e com autonomia, frente ao conservadorismo e à políticas reacionárias e mitigantes. Não há possibilidade de avançar nas conquistas para o mundo do trabalho sem luta e capacidade política dos trabalhadores”, finalizou Paulo Henrique Costa Mattos.

Neste contexto acima descrito, o presidente da Apug-Ssind reforça a necessidade da diretoria e de sindicalizados de participarem de eventos nacionais para fortalecer a base e promover o fortalecimento das lutas e promover debates para apreensão de conteúdo, análise de conjuntura e fortalecer a participação dos docentes da Unirg em busca da unidade para garantia dos direitos, alguns deles constitucionais, que estão sendo negligenciados e/ou negados pela gestão da Fundação Unirg e do Executivo municipal”, declarou o presidente da Apug-Ssind.

Fonte: Ascom/Apug