Em decisão unilateral a prestadora de serviços de saúde Unimed, enviou ofício à Apug-Ssind, no dia 15, datado de 9 de maio do mesmo mês, informando a rescisão contratual dos Planos Coletivos sem coparticipação (anexa). Para a diretoria da seção sindical causou surpresa a decisão, considerando que as partes estavam em processo de livre negociação, conforme preconiza a Agência Nacional de Saúde – ANS.

Para o presidente da Apug, foi uma atitude arbitrária da Unimed visando acabar com os planos sem coparticipação, e obrigando os usuários a efetivarem planos três vezes mais caros que os atuais. “Essa medida atingirá 412 vidas, muitas delas em tratamento médico, gerando falta de assistência e ameaças a saúde dos usuários que não tiverem condições financeiras de aderir aos planos individuais”, explicou.IMAGEM II

Paulo Henrique ressaltou ainda que a surpresa maior foi que o sindicato dos professores estavam esperando a resposta do ofício enviado pela Apug, com a decisão da última assembleia, que deliberou 13,55% de aumento para os contratos com coparticipação e autorizou a diretoria a oferecer o propor o percentual de 27,5% para a prestadora de serviços de saúde. “Ao invés de responder ao nosso ofício, a Unimed resolveu fazer terrorismo com os mais de 400 usuários do sistema pelo contrato coletivo com a Apug, deixando a todos em estado de desespero, e pra isso, ainda oferecendo na mesma carta onde afirma que vai suspender o contrato, que os interessados procurem o escritório da Unimed para, caso queiram ou tenham interesse, façam outro plano individual. Uma monstruosidade com todos e totalmente fora dos padrões mínimos de razoabilidade comercial e de negociação”, destacou o presidente da Apug-Ssind.

O diretor esclarece durante a negociação, mais uma vez a Unimed veio com terrorismo, para desestabilizar os usuários titulares e dependentes. Paulo relata que depois de várias de tentativas de negociação e três assembleias, onde a Unimed foi representada por duas  funcionárias e o assessor jurídico, a operadora trouxe a proposta de migração dos planos sem coparticipação para os planos com coparticipação.

Todavia, para tornar a proposta possível e haver uma redução do índice de 18% para 13,5%, em planos com coparticipação, a migração deveria ser superior a 50%. Como não houve interesse e baixa adesão de migração para os planos com coparticipação, a diretoria da Apug acredita que foi este um fator decisivo para a decisão unilateral da Unimed, “mais no sentido de pressionar, até porque muitos professores ficaram desesperados com a possibilidade de cancelamento do plano sem coparticipação, porque muitos têm parentes diretos e dependentes em tratamento de doenças sérias”, ressaltou.

Pelo comunicado enviado à Apug, a Unimed comunicou que os usuários dos Planos de Saúde sem coparticipação terão o prazo de até 30 dias para, em contato direto com a operadora, firmar novo contrato de plano individual, sem cumprimento de novas carências. Essa medida de rescisão contratual dos planos coletivos de saúde sem coparticipação não afetará os planos com coparticipação, que serão mantidos e sofrerão reajuste de 13,5%. IMAGEM I

Ainda indignado, o presidente da seção sindical (foto), reforça que foi uma atitude arbitrária da Unimed visando acabar com os planos sem coparticipação com a Apug, que existem há 20 anos, e obrigando os usuários a efetivarem planos três vezes mais caros que os atuais. “Essa medida atingirá 412 vidas, muitas delas em tratamento médico, gerando falta de assistência e ameaças a saúde dos usuários que não tiverem condições financeiras de aderir aos planos individuais, e isso não vamos engolir, já tendo orientado o assessor jurídico da Apug, que está tomando todas as medidas cabíveis e definidas na assembleia, além de convocar uma assembleia, caso seja haja necessidade”, afirmou Paulo Henrique.

Segundo a funcionária da Apug, Elizete Silva, responsável pela administração e atendimento, estão no plano com coparticipação, 49 titulares, totalizando 149 vidas nessa modalidade.  Após a migração ficaram no plano sem coparticipação 412 vidas, dessas, 166 são titulares titulares.   

Fonte: Ascom Apug-Ssind