O presidente da seção sindical Apug-Ssind, professor Gilberto Correia da Silva, foi um dos integrantes da comitiva gurupiense que esteve em Palmas na última segunda-feira (4), para debater a questão da segurança pública com representantes da Secretaria de Segurança Pública do Tocantins, Polícia Federal e Comando Geral da Polícia Militar. O objetivo foi solicitar ações concretas de combate À criminalidade em Gurupi, que tem atingido todos os setores e também a Fundação e Centro Universitário Unirg.

A delegação contou com a participação do prefeito Laurez Moreira. A equipe da UnirG foi composta pelo presidente da Fundação, Sávio Barbalho, a reitora Lady Sakay,  o presidente do Conselho Curador, Gomercindo Tadeu Silveira, presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Thiago Oliveira, e ainda por grupo de alunos da Instituição, e dos vereadores Walter Junior, Gledson Nato, Jonas Barros e Ivanilson Marinho, representando o legislativo gurupiense, além do presidente estadual da OAB, Walter Ofughi, a deputada Federal, Josi Nunes, o procurador geral do Município, Thiago Benfica e o defensor público, diretor jurídico da Apug-Ssind  e conselheiro federal titular da OAB/Nacional, professor Kita Maciel.

As reuniões foram com o secretário de Segurança Pública do Estado (SSP), César Roberto Simoni, o delegado da Polícia Federal do Tocantins, Ancelmo Damasceno, e o chefe de Estado Maior do Comando Geral da Polícia Militar do Tocantins, coronel Edvan de Jesus.

Segundo Sávio Barbalho a Instituição precisa saber se às autoridades estão cientes do momento violento vivenciado pela cidade. “Gurupi enfrenta uma situação alarmante e pedimos as autoridades ações concretas e quais medidas serão tomadas para minimizar essa problemática”.

A reitora se colocou a disposição para se unir ao poder público com intuito de fomentar a discussão sobre políticas públicas. “Como uma Instituição de Ensino queremos também colaborar para atuar na parte preventiva e fortalecer as ações práticas, abraçando o trabalho de forma efetiva para obtermos resultados de médio e longo prazo e assim garantir melhorias à nossa comunidade”, disse Sakay.

Ao fazer uso da palavra, o presidente da Apug-Ssind, corroborou a fala dos demais, acrescentando que “o momento é impar, fundamental para que a discussão abra perspectivas de ações concretas na defesa do cidadão, do aluno, do professor e dos servidores da Unirg, assim como toda a população gurupiense que está à mercê das marginalidade que campeia e aumenta em todo o país”, ressaltando que é das dificuldades e necessidades que surgem as oportunidades, lamentando que precisou chegar ao extremo que chegou para que o problema fosse visto e debatido. “Mas o importante é que todos os setores estão preocupados com a situação que afeta os lares de todos os cidadãos da cidade”, afirmou o professor Gilberto Correia

Providências

O O Secretário comentou que a atual situação política do país tem afetado o andamento de todas as instâncias da gestão do poder público, mas prometeu enviar a tropa do Grupo de Operações Táticas Especiais da Polícia Civil (Gote) a Gurupi. “Essa semana o Gote e metade do efetivo do serviço de inteligência serão deslocados para atuar na cidade. O Grupo é altamente preparado no combate ao crime e irá fazer cumprir os mais de 260 mandados de prisão pendentes em Gurupi. Essas ações serão realizadas constantemente até controlarmos a atual situação”, prometeu o secretário de Segurança Pública.

A segunda visita foi a tarde,  na sede da Policia Federal do Tocantins. A comitiva pediu a colaboração dos agentes para diminuir o tráfico de drogas no município. Relataram que alguns pontos da cidade  têm sido alvo da criminalidade e ainda solicitaram a possibilidade da reativação da PF em Gurupi.

De acordo com Ancelmo Dasmaceno as ações em Gurupi têm sido constantes. “Temos o mapeamento de todo o Estado, inclusive recentemente estivemos em Gurupi realizando operações de investigações. É importante que a população colabore sendo nossa aliada e nos colocamos à disposição para atender das demandas de Gurupi”, disse o delegado.

O último encontro do dia ocorreu no fim da tarde, com o chefe de Estado Maior da Policia Militar do Tocantins, coronel Edvan de Jesus. O coronel ouviu o clamor pela segurança da população gurupiense, revelando que seu compromisso com Gurupi vai além do profissional. “Não resolvemos os problemas de segurança sozinhos, mas em muitos momentos temos nos sentido assim. Só em 2015 mais de 600 delinquentes foram presos e muitos deles estão soltos. Há casos em que, na mesma semana, prendemos três vezes o mesmo individuo. Nossa legislação é muito vulnerável”, avaliou.

A realização de um concurso público esse ano será uma das medidas que o Coronel entende como positiva. “Nosso efetivo em todo Estado tem apenas pouco mais de 3 mil componentes. Muitos profissionais se aposentaram, outros daqui um ano provavelmente também pedirão. Há 20 anos nós tínhamos 14 viaturas em Gurupi, atualmente esse número se resume em apenas três”, disse.

Apesar das dificuldades o comando relatou ações práticas que estão sendo realizadas na cidade, entre elas: o retorno de policiais militares que estavam a disposição da Casa de Prisão Provisória (CPP); o patrulhamento escolar e os motociclistas que vão intensificar as rondas nas ruas da cidade. “Com esse remanejamento do efetivo, podemos considerar que Gurupi tenha em torno de cinco viaturas fazendo a patrulha. Enquanto tiver um policial em Gurupi, a Polícia Militar estará guardando, mesmo com nossas limitações, à comunidade gurupiense”, finalizou o coronel.

Fundação Unirg

Quanto ao trabalho que será desenvolvido pela Fundação no sentido de minimizar a questão no âmbito da instituição, o presidente da Fundação Unirg, Sávio Barbalho ressaltou que o momento serviu para reforçar a agilidade do processo de licitação para a construção de cerca e guarita no campus I que já está em curso. Será providenciada a implantação de um sistema de monitoramento eletrônico por câmeras nos arredores dos prédios da Instituição. Em relação à contratação de uma empresa privada de segurança nos campi da UnirG, o presidente disse que o risco de ocorrer acidentalmente contra a vida de alguém da comunidade acadêmica é muito grande e prometeu avaliar a possibilidade de  desafetação para fazer o cercamento da área do campus II.

Na manhã da terça-feira, foi a vez da Unirg debater o problema na Câmara Municipal de Gurupi, quando servidores, professores, servidores, acadêmicos ouviram relatos dos que estiveram compondo a comissão que esteve em Palmas no dia anterior e também ouviu do presidente da Unirg quais serão as providências a serem tomadas em caráter de urgência e emergência, para dar tranquilidade à comunidade acadêmica.

O assunto Segurança Pública continuará sendo debatido nesta quinta-feira, às 09 horas da manhã, em outra audiência, desta vez promovida pela Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Gurupi, quando serão tratados, além da segurança pública, a questão do sistema penitenciário.

Com informações da Ascom/Unirg