Em assembleia realizada no último sábado, 25/03, os professores sindicalizados do Centro Universitário Unirg votaram pelo estado permanente de mobilização, com a implantação de medidas e ações, visando o atendimento das reivindicações que não estão sendo atendidas pela presidência da Fundação Unirg e pelo prefeito de Gurupi.
Entre as ações aprovadas, que a diretoria oficie a Fundação, respondendo ao ofício nº 14 do dia 15/03, comprometendo-se com prazos, visto que a assembleia considerou vaga as informações contidas no referido documento. A proposta aprovada na Assembleia do último sábado é que a recomposição seja implantada em abril, com retroativo a janeiro, mês da data base dos professores. Quanto ao pagamento das progressões vertical e horizontal, que também deveria ter sido iniciado em janeiro, conforme estabelece a lei 1755/2008, que seja implementado na folha de agosto, também retroativo a janeiro de 2017, e que sejam parcelados somente até o mês de dezembro.

A assembleia deliberou também que sejam agendadas reuniões com o presidente da Fundação, prefeito e com os vereadores, no sentido de sensibilizar e demonstrar que não está sendo pedido ou negociado vantagem ou benefícios algum, como vem sendo falsamente publicado na imprensa local, mas simplesmente que a lei seja cumprida.
Também será montada comissão permanente de divulgação, além de confecção de camisetas para uso docente em sala de aula, como forma de protesto, boletim informativo semanal e ampla divulgação nas mídias local e regional, bem como levantar as ações que foram judicializadas e as que estão oficiadas (requeridas) administrativamente e que não foram respondidas nem atendidas até hoje pela fundação Unirg.

Para o diretor secretário da Apug-Ssind, Joel Pinho, a assembleia agiu com muito bom senso e cautela, “não porque o presidente da fundação pediu em nota. Mas por absoluto respeito aos acadêmicos e servidores e demais colegas professores. Foi deliberado pela não paralisação, então que os gestores tenham a mesma cautela e respeito para com os professores, atendendo tão somente o que a lei determina. A lei não pode ser acionada apenas quando atende aos interesses dos gestores, mas que prevaleça o bom senso administrativo e não fiquem culpando professores pela falta de planejamento e deixando deliberadamente de pagar tão somente e simplesmente o que a lei determina”, avaliou o diretor.

Segundo o professor Gilberto Correia da Silva, presidente da seção sindical, o processo desgasta, mas ao mesmo tempo fortalece. “Cansa ouvir que professor é marajá, que não trabalha, que é relapso, sem apontar quem ou qual, generalizando a categoria que tem mais de 300 professores entre concursados e contratados, tentando jogar a sociedade contra os docentes, como se os docentes da Unirg fossem os responsáveis pela crise econômica e social por que passa o Brasil, o estado e a cidade de Gurupi. Queremos respeito e transparência, honestidade e verdade nas negociações, o que geralmente não acontecem. Quando falamos em paralisação e greve, ai a gestão se manifesta e afirma que tem diálogo. Agora é a hora de demonstrar realmente isso, sentando com a comissão da Apug, não somente pela imprensa e pelas notas oficiais publicadas no site da Fundação”, destacou Correia.

Com a aprovação do Estado Permanente de Mobilização, novas decisões e medidas podem ser adotadas pela diretoria, desde que comunicadas à toda a categoria docente.

Ciclo de Debates

Durante a assembleia que teve início com café da manhã para os participantes, foi realizado também mais um Ciclo de Debates, com a presença do professor, analista político e assessor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar – DIAP, Marcos Verlaine, que discorreu durante duas horas sobre as perdas trabalhistas e fim da previdência, caso as reformas que estão em tramitação no Congresso Nacional sejam aprovadas.

Verlaine fez uma demonstração das aberrações e distorções que irão ocorrer e que já estão em curso desde a aprovação da EC 95, que limitou os gastos públicos e a série de medidas que estão promovendo uma devastação, que provocará um enorme subdesenvolvimento no Brasil, afetando todas as classes de trabalhadores, seja urbano ou rural, privado ou público. Para o analista, o Brasil vai entrar em um tremendo recesso e “nos próximos anos teremos uma legião de desempregados, ou terceirizados, ganhando mal e sem condições alguma de alcançar a aposentadoria”, enfatizando que países como a Rússia e outros, que adotaram a terceirização e viram que o modelo não trouxe economia nem estabilidade. ” O Brasil está andando mais uma vez na contramão da história e quem vai sofrer com isso são os trabalhadores, que hoje já são mais de 14 milhões desempregados e pelas medidas governamentais, a tendência é aumentar esse número rapidamente, ainda que o discurso oficial seja em direção ao contrário”, afirmou.

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Com informações da Ascom/apug-Ssind