Na noite deste sábado, 31 de maio, encerrou-se o Curso FILOSOFIA e CINEMA – FILOSOFIA DA DIFERENÇA – TEORIA QUEER. No seu último encontro, foram exibidos seis curta-metragens que permitissem dar um resumo do que foram os outros encontos.
Os curstas foram:
1 – Não quero voltar sozinho, Brasil, 2010. Direção de Daniel Ribeiro.
2 – Oranges, EUA, 2004. Direção de Kristian Pithie.
3 – James, la historia de un adolescente gay, Irlanda, 2012. Direção de Connor Clements.
4 – Parede branca do que poderia ser, Brasil, 2011. Direção de Pedro Paulo de Andrade.
5 – Vestido Nuevo (Vestido novo), Espanha, 2007. Direção de Sergi Pérez.
6 – Amanda e Monick, Brasil, 2008. Direção de André da Costa Pinto.
As considerações dos curtas, na ordem de sua apresentação, ficaram por conta de:
1 – Ricardo Pereira de Oliveira (Direito – UnirG);
2 – José Carlos de Freitas (Professor da UnirG);
3 – Leandro Gomes (Pedagogia – UnirG;
4 – Joel Moisés Silva Pinho (Professor da UnirG);
5 – Tiago Alves (mestrando em Agronomia – UFT);
6 – Audimar Dionisio (Professor da UnirG) e Rafaela Tardivo (Convidada Especial).
Os curtas mostravam, além de outros aspectos, a vinculação do gay e do travesti no contexto escolar.
Mas o ganho, a honra, o coroamento do curso foi, sem sombra de dúvida, o depoimento do travesti RAFAELA TARDIVO, especialmente convidada. Depoimento emocionante, doloroso, e lamentável ao mesmo tempo pelo realismo das discriminações e histórico de violências brutais que tem sofrido ao longo de sua vida. Segundo ela, desde que ingressara na escola aos cinco anos de idade. Seu depoimento, apesar da forma bem humorada com que trata de suas dores, comoveu os presentes. E deu uma ideia exata do quanto ainda falta para atingirmos um nível de tolerância e respeito pelos que tomam na vida trilhos diferentes.
O encontro desta noite recebeu este prêmio. Inesperado prêmio. O FILOSOFIA e CINEMA se despede, neste semstre, engrandecido.
Por isso, registramos aqui uma profunda gratidão a Rafaela. No desejo de que seus sonhos, principalmente o de conseguir uma cidadania estrangeira, se realizem. Até lá, esperamos que os cidadãos desta cidade universitária, que deveriam se pautar pela polidez e urbanidade, não lhe ofereçam mais episódios cruéis como têm oferecido.
Querida Rafaela, nosso muito obrigado.