Depois de anunciar que o MEC cortará verbas de três universidades federais por “balbúrdia”, o ministro da educação, Abraham Weintraub, foi além, cortou verbas de todas as universidades públicas do país, dos Institutos Federais e do FUNDEB (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica), que afetará as redes públicas estaduais e municipais.

Os cortes não serão apenas nas universidades e institutos federais, mas um contingenciamento de 5,8 bilhões do Ministério da Educação (MEC) e R$ 2,1 bilhões do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), que atingirá frontalmente recursos para pesquisas, bolsas de mestrado, doutorado e iniciativa acadêmica fundamentais nessas áreas.

O MEC realizou os cortes da Educação Pública após o governo anunciar uma redução orçamentária de R$ 30 bilhões em diversas áreas das políticas públicas brasileiras. Mas o mais impressionante é a justificativa dada pelo ministro da Educação Abraham Weintraub de que os cortes estariam relacionados ao desempenho ruim dos acadêmicos das instituições e que elas estariam “promovendo ‘balbúrdia’ em seus campi”, com a presença de “sem terras”, “índios”, “estudantes pelados”, “que usam drogas e realizam festas nas universidades, regadas a muita droga e álcool”.

Todo esse preconceito destilado só demonstra que o atual Ministro da Educação do Brasil desconhece que as Universidades Públicas desenvolvem 98% das pesquisas do país, que a Universidade deve ser um espaço de formação emancipatória do sujeito, por isso tem que ser um espaço de criticidade e autonomia, aberta a todos os segmentos da sociedade brasileira. Quanto ao uso de álcool e drogas infelizmente a juventude no Brasil inteiro tem sido vítima do consumo desse tipo de drogas, em diferentes ambientes, não sendo a Universidade Pública ou privada isenta do uso desses.

O governo, para impor sua política educacional, que é uma política de retrocesso, de pensamento único, e de ataque aos direitos fundamentais, elege como prioridade a redução de verbas da Educação pública brasileira, usando uma argumentação ilegal e inaceitável politicamente. Na verdade o que o governo de Jair Bolsonaro quer é transformar a saúde, educação e previdência social em mercadoria, dominadas pela iniciativa privada e comprometendo inúmeras pesquisas nacionais e internacionais, que estão em andamento.

O ANDES (Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior), a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), a APUG (Sindicato dos Professores Universitários de Gurupi, o SINTET (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins), o SESDUFT (Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal do Tocantins) e o SINASEFE (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação) repudiam os cortes orçamentários da Educação e denunciam o crime lesa-pátria que o governo Bolsonaro está cometendo com a Reforma da Previdência e que atingirá principalmente os mais pobres e os que mais precisam.

ANDES (Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior)

APUG (Sindicato dos Professores Universitários de Gurupi)

CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação)

SINTET (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins)

SESDUFT (Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal do Tocantins)

SINASEFE (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação)

 

ASCOM/APUG-SSIND