Em reunião realizada na tarde desta terça-feira, 04 de outubro de 2016, parte da diretoria da seção sindical Apug-Ssind e membros da comissão de negociação e data base, nomeados por assembleia geral, entregaram a pauta de negociação ao presidente da Fundação Unirg, Sávio Barbalho, com as reivindicações salariais e outras solicitações visando atender aos professores do Centro Universitário Unirg, a partir de janeiro de 2017, atendendo a data base da categoria. Entre as propostas, a recomposição salarial referente ao período de janeiro a dezembro deste ano, bem como solicitação de aumento real de 5%, o que não acontece desde 2009, além da solicitação da solução das perdas acumuladas de 2010 a 2013, quando a Fundação Unirg não repassou a recomposição constitucional aos professores e servidores da Unirg. Além do documento da comissão de negociação, foram discutidas outras questões, como a Desvinculação de Contas, mudança na lei da titulação, que prejudicou professores contratados e efetivos em período de estágio probatório. Também fez pauta da reunião a comemoração do Dia do Professor e as cláusulas sociais como melhoria do ambiente e das condições de trabalho. (Pauta em anexo baixo) Depois de receber a pauta e ouvir atentamente as justificativas e argumentos dos diretores e comissão, o presidente da Fundação Unirg, Sávio Barbalho, disse que iria fazer uma leitura mais aprofundada com sua equipe de trabalho e que posteriormente daria uma resposta oficial ao documento protocolado via ofício 127/16-APUG-SSIND. “Vamos analisar para proceder uma resposta mais amiúde para a categoria docente”, afirmou Barbalho. O presidente da seção sindical, professor Gilberto Correia, afirmou que existem vários pontos que ainda não foram definidos desde 2013, quando o atual presidente assumiu a Fundação Unirg. “Existem gargalos que se não forem definidos agora, vai gerar um passivo enorme para a gestão da fundação no futuro”, ressaltando o passivo da perda acumulada desde 2010 das recomposições salariais não pagas, além do não pagamento do adicional noturno e necessidade de pagar a insalubridade correta para os docentes que fazem jus a esse benefício legal. “Também está gerando um passivo que nas nossas contas chega próximo de R$ 1 milhão, o pagamento incorreto aos professores com dedicação exclusiva, que são minoria na instituição. A Fundação Unirg considera como cálculo somente o salário base, não considerando os quinquênios, que também são salários. Com isso os professores deixam de receber corretamente o percentual legal. Embora já tenhamos judicializado a questão, a Apug-Ssind sempre solicita uma posição administrativa para resolver o problema, mas que infelizmente ainda não foi aceita pela Fundação, nem enviada contraproposta para resolver a pendência”, alertou o presidente da Apug. Outra questão também importante e que está como item da pauta é a situação dos professores contratados, que estão sendo cada vez mais precarizados na instituição. “Devemos questionar e ter respostas do ponto de vista legal a questão do pagamento proporcional das férias em julho aos contratados. Se for legal, aceitaremos, mas se não for, vamos lutar para que seja revisto e que o pagamento das férias seja feito no final do contrato em dezembro”. Outro ponto levantado e que foi compromisso do prefeito eleito, quando se reuniu com os professores e servidores no dia 26 de setembro, quando estava em campanha para reeleição, é a questão da mudança da lei que impede que professores contratados recebam pela titulação que possuem. Segundo a direção da Apug-Ssind atualmente a Unirg paga como especialista aos professores que são mestres e doutores contratados na casa. O próprio prefeito reconheceu a discrepância e na reunião dia 26 do mês passado, determinou que o professor Sávio providenciasse alteração, para que ele enquanto prefeito, envie para a câmara, restabelecendo o pagamento aos professores com base na sua titulação e não aumentando ainda mais a diferença para os concursados, que embora façam a mesma atividade são tratados como classe inferior dentro da instituição. Poderia ser evitada ou reduzida essa situação com a realização de concurso público, valorizando o docente e aumentando a qualidade e o nível conceitual do Centro Universitário, que não paga, mas usa indevidamente a titulação dos contratados em relatórios para o MEC e Conselho Estadual e divulgação dos vestibulares. Com relação à comemoração do Dia do Professor, a Apug-Ssind protocolou dia 30 de setembro, ofício 126/16, solicitando informações da gestão, Presidência e Reitoria,se iriam promover alguma atividade em homenagem aos professores, comemorado dia 15 de outubro. A resposta será enviada até o início desta semana pela Fundação Unirg. A reunião aconteceu no Centro Administrativo da Unirg e representando o sindicato estiveram presentes, além do presidente, o segundo tesoureiro, Paulo Ricardo, o diretor jurídico, Kita Maciel, a diretora cultural, Lucirez Amaral, o assessor jurídico Rogério Machado e os membros da comissão de negociação, professores José Carlos, Paulo Henrique Costa Mattos e Antonio Jerônimo Netto. Representando a Fundação Unirg, o presidente Sávio Barbalho e a diretora administrativa, Daniele. O presidente da Apug-Ssind informou ainda que aguardará a resposta por escrito das solicitações que foram protocoladas na pauta para convocar assembleia geral dos professores e repassar as informações e deliberar ações.
Fonte: Ascom/Apug-Ssind