Na noite de ontem, a Câmara dos Deputados aprovou, em sessão remota, o Projeto de Lei Complementar (PLP 39/2020) com algumas alterações. A nova proposta retira professores e professoras do congelamento salarial, mas mantém outras categorias do serviço público. O material segue para aprovação no Senado. A partir de agora, o ANDES SINDICATO NACIONAL inicia uma campanha de mobilização voltada para que a categoria dos professores apoie integralmente todos os outros servidores públicos e, com isso, pressione os senadores a derrubem os artigos 7 e 8 na íntegra.
Diminuir o impacto com a queda da arrecadação de impostos e a paralisia das atividades econômicas no país é fundamental para impedir que haja colapso na economia brasileira. Porém, em vez de adotar medidas como uma política de taxação das grandes fortunas, a revogação da Emenda Constitucional 95 e suspensão do pagamento de juros e amortização da dívida pública, o governo federal se aproveita da situação para, mais uma vez, atacar os/as servidores/as públicos/as do país.
Apesar de apresentar exceções para servidores das áreas de saúde, segurança pública e integrantes das Forças Armadas, o PLP 39/2020, traz congelamento salarial de mais de dois milhões de professores e professoras federais, estaduais e municipais, que estão nas universidades, institutos federais e CEFET, pesquisando e produzindo diversos recursos e conhecimentos fundamentais no enfrentamento à Covid-19.
Exemplos desse árduo trabalho durante a pandemia podem ser encontrados na campanha “O que alguns chamam de balbúrdia, nós chamamos de produção de Conhecimento Público”, idealizada e divulgada pelo ANDES-SN desde 17 de abril, em suas redes. A campanha apresenta o trabalho realizado nas Instituições de Ensino Superior em todo o país, que vai desde a confecção de máscaras de proteção individual até o desenvolvimento de respiradores mecânicos 15 vezes mais baratos que os comercializados mundialmente.
O ANDES Sindicato Nacional reforça que há docentes nos hospitais universitários, enfrentando o vírus e arriscando a vida e que, mesmo assim, serão penalizados caso o texto seja aprovado com a manutenção dos artigos 7º e 8º. Revogar esses artigos se faz mais do que necessário em um momento como esse. Por isso, o Sindicato Nacional convoca a categoria à pressionar parlamentares e demonstrar que o texto aprovado no Senado desrespeita milhões de trabalhadores e trabalhadoras em todo o país! Diga não aos artigos 7º e 8º do PLP 39/2020.
Todas as categorias merecem respeito!
Com informações de ANDES-SN