Na tarde do dia 16 (sexta-feira), a APUG realizou uma Assembleia Docente para tratar de assuntos como a cobrança indevida feita pelo Ipasgu, a Recomposição Salarial, o questionamento de Thiago Benfica sobre a competência da Comissão de Levantamento Financeiro da UnirG, Progressões e demissão dos contratados. Da reunião, surgiram questões importantes relacionadas à carga horária dos professores, o trabalho que as coordenações têm durante a incerteza da Portaria das 24 horas e outros.
Ipasgu
Sobre o desconto indevido que vários professores sofreram ao receber seu pagamento, o Ipasgu declarou que, mesmo sendo uma cobrança indevida, quem não solicitar o cancelamento, continuará sofrendo o desconto.
Recomposição Salarial
Da Recomposição, a APUG lembrou os professores sobre o que foi dito na última reunião com a Fundação, que mesmo prevista para agosto em negociação anterior, só será paga no final de setembro, segundo o presidente Thiago Benfica.
Progressões e demissão de contratados
Sobre as progressões, a Fundação UnirG afirmou que não fará o cronograma de pagamento para o ano de 2019 enquanto não tiver a consolidação das despesas para o próximo ano. De acordo com o presidente Thiago Benfica, a Fundação UnirG já está com previsão de gastar mais de 2,5 milhões no pagamento de precatórios e indenizações dos professores que serão demitidos no final do ano. Benfica lembra que não há como ficar sem pagar os professores que entraram na Justiça para receber Fundo de Garantia.
Como todos os contratados com mais de dois anos serão demitidos, as indenizações também irão sobrecarregar a situação financeira da Instituição. Na discussão em assembleia, foi decidido que o advogado da APUG deverá protocolar outra ação jurídica sobre a questão, pois a APUG já teve duas sentenças favoráveis e a negociação feita com a Fundação era para pagamento de todos os professores(as) que têm direito, não apenas os 39 da primeira rodada de negociação, que já receberam em diversas parcelas ao longo de 2018/2019.
Comissão de Fiscalização
O presidente Benfica disse que já autorizou o trabalho e o acesso aos documentos para a auditoria que a APUG pretende realizar nas contas da Fundação, mas afirmou que é preciso que a comissão explicite antes o que o sindicato quer saber, pois é preciso ter muito cuidado para evitar o “achômetro”, a divulgação de informações que possam gerar mal entendidos entre os cursos, a comunidade acadêmica e na própria sociedade local.
O presidente da UnirG questionou a competência técnica da Comissão já indicada, já que nela não há nenhum contabilista e/ou administrador. Também questionou o fato de dois nomes da comissão serem do curso de engenharia civil, sendo que um deles não é concursado e terá o contrato interrompido no final do ano. Isso, segundo o presidente da Fundação, é algo perigoso, pois as informações financeiras podem ser mal utilizadas, por isso a APUG deveria indicar outros nomes.
Na Assembleia, a APUG defendeu o nome do professor contratado, afirmando que os nomes foram eleitos em assembleia docente e que estão dispostos a fazerem o trabalho de forma voluntária, não recebendo nenhuma gratificação para realizar o trabalho. A APUG afirmou que não fará nenhuma substituição dos nomes já apresentados e irá consultar a categoria para verificar se há algum professor administrador e/ou contador que queira contribuir com o trabalho da Comissão.
Conselho Curador
A APUG recebeu um ofício do ex-presidente do sindicato, Luis Tadeu Gurdiero, para que fossem indicados dois novos professores para nova composição do Conselho Curador. Diante disso, a Assembleia Docente decidiu que a APUG deverá realizar ação judicial na tentativa de resgatar o caráter deliberativo desse conselho, e que antes disso, não deve indicar nenhum professor.
A classe docente precisa estar unida
A professora Alessandra Duarte comentou sobre a necessidade de a classe docente mostrar que está unida e a favor da Instituição. “A gente percebe que há um grande esforço da Academia, da maioria dos professores e das coordenações, pra que a Instituição funcione da melhor maneira. Então, participar desses momentos em grupo, no sindicato, é importante para que possamos mostrar nossa força, que estamos trabalhando e que também queremos o melhor para a Instituição”, disse.
Outro chamado veio da professora Sandra Marroni, que foi enfática ao dizer que os professores precisam estar atentos e se unir. “Enquanto os colegas da Academia, os professores, não tomarem consciência da gravidade do momento que estamos vivendo, do desrespeito que estamos sofrendo em diversas questões e não começarem a participar ativamente das ações da APUG em nossa defesa, não vamos ter êxito em nossos propósitos. É crucial que todos comecem a participar, se não, corremos risco até de perder a Academia”, declarou.
ASCOM/APUG-SSIND