No momento da suposta transição de Centro Universitário para Universidade e diante das graves afirmações do presidente da Fundação, Thiago Benfica, em encontro com funcionários, realizado no último dia 25 de agosto, a pauta que mais gerou desconforto foi seus comentários sobre atual situação financeira vivida pela Instituição e o pagamento de direitos trabalhistas aos docentes, que na visão de Benfica seria empecilho para negociar a recomposição salarial e as progressões dos servidores deste ano.

O presidente Paulo Henrique Costa Mattos da seção sindical APUG-Ssind, reuniu-se com a diretoria, assessoria jurídica e também com o presidente da ASAUnirG para elaboração de um documento conjunto solicitando algumas informações para entender o que está acontecendo financeiramente na instituição. 1452029_551378501665405_6548596566701803166_n

 Para Paulo Henrique é inconcebível que mais uma vez a gestão coloque a culpa dos problemas financeiros da Fundação nas costas e na conta dos professores, tentando jogar os servidores administrativos e a comunidade contra a classe docente da instituição. “Ao invés de dizer que há um déficit de R$ 104 mil por mês nas contas da Fundação e que isso ameaça a existência da UnirG nos próximos anos, porque o presidente Thiago Benfica não explica o que está sendo feito, planejado e executado para se ampliar as receitas, para salvar os cursos deficitários? Qual é a projeção de investimentos e impactos financeiros da transformação da UnirG em Universidade e das obras do Campus I?  Considerando que não há dinheiro e a situação financeira da UnirG é tão grave, se não há dinheiro porque fazer o término dos prédios agora e ainda acusar que não faz mais porque os professores oneram a Folha?”, indaga o dirigente sindical.

Mattos mostra-se ainda preocupado com a fala de Benfica, que não é nova, se tornando prática de todos os gestores que passaram pela UnirG nos últimos anos. “Sempre é o mesmo discurso contra os docentes. E olha que a fala da gestão acadêmica era de que o novo reenquadramento docente feito iria gerar uma economia de igual valor na Folha de Pagamento. Mas se a Folha subiu para mais de R$ 2 milhões mensais e estamos diante de uma situação que direitos trabalhistas não podem ser pagos porque ameaçam a existência da Instituição como é que vamos virar Universidade? Virar Universidade pressupõe criar condições de melhorias físicas, nos cursos oferecidos, no ensino, pesquisa e extensão, portanto uma ação. Se estamos numa situação financeira tão grave, como é que vamos fazer isso?”, questiona o presidente da APUG.

 Para a seção sindical, se a Fundação UnirG está em situação financeira difícil, todos precisam saber o motivo e que sejam apresentadas planilhas, balanços e outras atividades transparentes, até porque existe uma lei que ampara e exige transparência de todos os atos dos gestores públicos.

O documento que questiona várias afirmações do presidente Thiago Benfica foi protocolado e será levado ao Ministério Público na próxima semana caso a Fundação não apresente o material e as justificativas solicitadas pela APUG e ASAUnirG.

Para os proponentes é fundamental que o Ministério Público acompanhe a vida financeira e administrativa da UnirG, que enquanto Instituição pública inclusive já assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para um concurso público que até agora não saiu do papel.

“Mais grave é que o concurso em questão será para 50 professores e  temos informações que o já são mais de 120 docentes contratados e se o concurso ocorrer, ainda haverá uma grande quantidade de contratos”, finalizou Mattos. 

ASCOM/APUG-Ssind. 

 

Ofícios:

Oficio 55 001 Oficio 55 002 Oficio 55 003 Oficio 55 004