Foi relembrando lutas sindicais que o 39º Congresso Nacional do ANDES-SN teve início nesta terça-feira (04/02), no auditório do Centro de Difusão Internacional da Universidade de São Paulo. Com o tema central: “Por liberdades democráticas, autonomia universitária e em defesa da educação pública e gratuita”.
“Esse é um dos maiores eventos do ANDES-SN. A base do nosso sindicato promoveu três grandes greves em 2019 e essa é uma sinalização importante de que estamos no campo combativo. Quando o projeto do capital avança, o ANDES-SN avança na luta. Tivemos derrotas importantes com a aprovação da contrarreforma da previdência, com os cortes na educação, com os ataques na produção de ciências e tecnologias. E estivemos lá, em pé, lutando. Caminhamos para uma paridade na diretoria desse sindicato. E é por isso que temos um grande desafio em elaborar um bom plano de lutas para o período, algo efetivo e combativo. Com muita alegria, declaro aberto o 39º Congresso do ANDES Sindicato Nacional”, pontuou o presidente do ANDES-SN, Antonio Gonçalves, na mesa de abertura.
A 1ª Vice-Presidente da Adusp SSind, Michele Schultz Ramos, deu boas-vindas aos participantes, comentou suas primeiras impressões e o que espera do evento. “As pautas aqui apresentadas indicam que esse congresso será muito desafiador. Por este motivo, precisaremos ter discernimento e serenidade. Que consigamos construir um plano de lutas para o próximo período e que seja contundente e forte para combater toda a forma de ataques que temos sofrido. Agradeço a confiança de todos, com a certeza de que faremos um excelente evento”, destacou Michele.
O 1º vice-presidente da Regional São Paulo, Rodrigo Medina, acrescentou a importância de realizar o encontro em São Paulo. “São Paulo é um importante celeiro na luta da classe trabalhadora, no direito à cidade, e é um importante polo de lutas do movimento sindical. Nossas tarefas ganham ainda maior relevo num momento crucial da luta de classes, que a de se converter a crise capitalista, os ataques à autonomia universitária, a destruição de todo o sistema de pós graduação, agências de fomento à pesquisa científica e tecnológica, a conversão da educação em mercadoria, que caracterizam o mais brutal ataque. Ataque aos direitos sociais, trabalhistas, previdência, que estão em estado avançado de decomposição”, explanou Medina.
APUG Presente
“A participação num evento desta envergadura tem sua importância primeiro pela natureza formativa, dos conhecimentos das ações de seções e da definição de uma linha de ação nacional. Segundo, por adaptar e/ou alinhar ações políticas nacionais ao local para o combate aos espelhos que reproduzem a retirada de direitos. Terceiro, pela construção de um sindicato classista e combativo, constituindo um sujeito de atuação. E quarto, pela junção de diferentes pensamentos que respeitam a diversidade, o que leva a uma práxis democrática. Este intercâmbio enriquece a base sindical e fortalece o crescimento da categoria nas lutas e ações do nosso sindicato”, destaca o vice-presidente da APUG-Ssind, professor Joel Pinho, que faz parte da delegação da APUG, composta ainda pelos professores Gilberto Correia da Silva, Paulo Henrique Costa Mattos e Antônio Jerônimo Netto, indicados e eleitos pela assembleia realizada em novembro de 2019.
Cultura e Resistência
A cultura de resistência ficou a cargo das poesias do grupo Coletivo de Esquerda Força Ativa, apresentando o Slam Letra Preta. Os integrantes Suilan, Élida e Nando Comunista declamaram poesias sobre a história da literatura negra no Brasil.
A abertura do Congresso contou com a presença de diversas entidades sindicais, coletivos e movimentos sindicais, que destacaram a luta dos trabalhadores contra o famigerado desmonte do estado que está sendo promovido pelo Estado.
Além dos apresentados acima, estiveram na mesa de abertura, os seguintes dirigentes: Eblin Farage, Secretária-Geral do ANDES-SN; Raquel Dias, 1ª Tesoureira do ANDES-SN; Marie Claire, do Centro de estudos em Defesa da Infância; Mario Balanco, Coletivo Butantã; Juciara Castro, do Núcleo de Consciência Negra; Heloísa Buarque, da Rede Não Cala; Juliana Godoi, do DCE da USP; Iago Montalvão, da UNE; Débora Lima, do MTST; Tânia Godoy, do Cfess; Rosana Fernandes, do MST; Geovana de Souza, da Fenet; Magno Carvalho, do Sintusp; Davi Lobão, do Sinasefe; Toninho, da Fasubra; Lucília Augusta, da Anfop; Wagner Romão, do Fórum das Seis; e Gabriel Colombo, da ANPG.
O evento segue até o dia 8 de fevereiro, com a expectativa de reunir mais de 700 docentes universitários de todo o país.
Com informações da ASCOM/ANDES-SN