O professor Gilberto Correia da Silva, atual 1º secretário da Regional Planalto do ANDES-SN, participou como membro da comissão de mobilização nacional e representante da APUG-Ssind, do relançamento da Frente Parlamentar Mista em defesa da Previdência Social, que aconteceu na quarta-feira do dia 20, na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Prestigiado por mais de 100 entidades e representantes de movimentos sociais e sindicais, além de parlamentares de diversos partidos, o evento foi criado e idealizado pelo senador Paulo Paim, que tem como objetivo fornecer informações e instrumentos que sejam utilizados pela população e seus representantes na luta contra o fim da Previdência social. Os argumentos apresentados – em sua maioria técnicos – detalharam como cruel, criminoso, brutal e covarde o projeto enviado pelo presidente da República à Câmara dos Deputados.
Para o diretor do ANDES-SN, é quase unânime a necessidade de mobilização de toda a classe trabalhadora para enfrentar essa batalha. “Somente a mobilização poderá barrar essa contrarreforma vergonhosa proposta por Bolsonaro, que pretende exterminar a Constituição de 1988. Retirando todos os direitos sociais que foram conquistados naquele ano para entregar nas mãos de banqueiros e seguradoras, parte dos salários dos trabalhadores, o que deixará os pobres brasileiros à margem da sociedade. E o pior, sem a segurança constitucional necessária para se aposentar dignamente, se é que conseguirá se aposentar com esse “pokémon” apresentado pela equipe do Governo Federal”, analisou Gilberto Correia.
A ideia de que é necessário derrotar integralmente essa reforma foi recorrente nas intervenções. A desconstitucionalização das questões previdenciárias foi um dos tópicos mais criticados. Outro aspecto alvo de críticas foi a instituição da capitalização individual. Classificada como “criminosa”, a capitalização foi recusada pelos que estavam presentes. Parlamentares, sindicalistas, representantes dos movimentos sociais, servidores públicos e trabalhadores em geral foram enfáticos aos denunciar que a Reforma da Previdência penaliza os mais pobres. Além disso, a dívida pública, que consome a maior parcela do orçamento público, foi amplamente denunciada.
Segundo Sônia Meire, 2ª vice-presidente do ANDES, um dos pontos fortes do relançamento da Frente Parlamentar foi a percepção de que é necessário agir “para colocar em evidência todas as contradições” da PEC 06: “Precisamos pressionar para que os parlamentares tirem de pauta esta reforma”, afirmou. Disse ainda que é necessário mobilizar pessoas para ocupar “todos os espaços do país, para discutir com todas as categorias, inclusive com desempregados, que também perderão a sua proteção social, ainda mais em um país em que o desemprego aumenta a cada dia depois da Reforma Trabalhista”, concluiu.
O mesmo pensamento tem o representante da APUG-Ssind, que alerta para a urgência de debater as aberrações da proposta de reforma e sensibilizar a classe trabalhadora em prol da necessidade de lutar para evitar danos que serão permanentes. “Vamos propor ao nosso sindicato de professores de Gurupi, grupos de estudos semanais para debater o quanto ela nos atinge e de que forma podemos somar forças com outras categorias profissionais de Gurupi e Tocantins para forçar nossos parlamentares a não votar a favor da contrarreforma e contra o povo trabalhador do nosso país”, finalizou Gilberto Correia.
Com informações do ANDES-SN
Fonte: ASCOM/APUG-Ssind