A greve dos caminhoneiros gerou inúmeras paralisações por todo o país e também na área do ensino. A cada dia que se passou a situação ficou bastante crítica, com inúmeras Instituições de Ensino Superior fechadas por falta de gasolina para seus alunos, professores e funcionários se deslocarem.
Por todo o Brasil, universidades públicas e particulares iniciaram a semana com paralisação, algumas até mesmo dispensando alunos. A UnirG embora tenha começado a semana com aulas, teve que decretar suspensão das mesmas, porém foi indicado que os professores postassem atividades para que os acadêmicos realizassem em casa.
Mas embora o movimento grevista tenha gerado inúmeros transtornos em todo o país, é preciso perceber que as reivindicações dos caminhoneiros são justas, apesar de apresentarem politicamente muitas contradições na movimentação, como por exemplo, faixas pedindo a intervenção militar.
Todavia apesar de também haver interesses patronais por trás do movimento dos caminhoneiros parte da pauta representa os interesses da classe trabalhadora e a greve se encontra no contexto da desastrosa política econômica do presidente Michel Temer, que vem sistematicamente desmontando empresas estatais estratégicas ao país, a exemplo da própria Petrobras, que vem sendo tragado por grandes petrolíferas em acordo com o governo federal, com a privatização de jazidas de petróleo, aumento da compra de petróleo refinado do exterior e aumento nos preços de combustíveis para beneficiar acionistas.
Aqui em Gurupi apesar de algumas professoras (res) e estudantes da UnirG terem realizado ações de solidariedade juntos aos caminhoneiros e fortalecer a mobilização, a APUG e sua diretoria preferiu não desenvolver um apoio mais explícito e presencial dada as leituras equivocadas que pediam por um golpe militar e soluções autoritárias para os graves problemas do país.
Mas apesar da greve estar terminando sem conseguir ampliar as ações e mobilizações contra as políticas do governo Michel Temer, deixou a certeza de que será preciso nos próximos meses o conjunto da classe trabalhadora brasileira aumentar suas mobilizações contra a destruição das empresas públicas do país, contra as privatizações, contra o fim dos direitos sociais, contra a PEC-95 e a Reforma Trabalhista.
Essa greve foi mais um exemplo de que esse governo não tem nenhum compromisso com os caminhoneiros, povo brasileiro e os trabalhadores. O grau de mentiras, fake news na grande mídia só aumentaram a certeza: esse governo está caindo aos pedaços, desesperados para que os trabalhadores em geral não reajam e continue trabalhando para pagar a conta do assalto nos postos de gasolina, nos impostos, nas políticas públicas. Nesse sentido só existe duas palavras possíveis: FORA TEMER!
Paulo Henrique Costa Mattos/Presidente da APUG