Sob o tema “Diversas vozes, uma só luta”, a nova campanha de sindicalização do ANDES-SN enfoca a diversidade da categoria docente, que nos últimos anos vem mudando o seu perfil. Lançada no 37° Congresso da entidade, que ocorreu de 22 a 27 de janeiro de 2018 em Salvador (BA), a campanha teve como base uma pesquisa realizada em diversas instituições federais, estaduais e municipais do país, no final de 2016 e durante 2017, que divulgou esse novo perfil dos docentes das instituições de ensino superior (IES).
“Nos últimos 10 anos, a nossa categoria mudou, temos o aumento do ingresso de professores negros e negras, indígenas, com deficiência, LGBTs nos quadros das instituições. Precisamos mostrar como o perfil dos docentes mudou e debater como essa mudança impacta em questões sobre a carreira, condições de trabalho e permanência desses docentes”, disse Caroline Lima, 1º vice-presidente da Regional Nordeste III do ANDES-SN e uma das coordenadoras da campanha.
Capacitismo
Atendendo às reivindicações da base, durante o 62º Conad realizado em julho de 2017, o Sindicato Nacional deliberou um posicionamento mais efetivo no que diz respeito à luta pelos direitos das pessoas com deficiência e contra o capacitismo, que é a discriminação e o preconceito social contra pessoas com deficiência. Assim como racismo, o machismo e a LGBTfobia e tantas outras formas de preconceito, a luta contra o capacitismo também foi pautada no 37º Congresso do Sindicato Nacional, em Salvador (BA), e o debate sobre o tema será aprofundado também pelo Grupo de Trabalho em Políticas Educacionais (GTPE) do ANDES-SN.
A contribuição dos delegados pode ser visualizada no material publicitário da campanha de sindicalização. “Merecemos respeito! Junte-se ao ANDES contra o capacitismo!” é uma das peças da campanha, que ainda conta com “Dizemos não ao racismo, machismo e à LGBTfobia! Venha para o ANDES!”.
“Temos professores e professoras com deficiência nas instituições de ensino superior [IES], nos institutos e Cefets, e não são garantidas as condições de trabalho e permanência a eles. Diante disso, e do que a base tem trazido nos últimos congressos e Conads, pensamos em uma campanha de sindicalização que dialogasse com os docentes que sofrem esse tipo de preconceito cotidianamente, que está carregado de opressão e de falta de políticas públicas nas IES”, explicou Caroline.
Confira aqui os materiais da Campanha de Sindicalização
Fonte: ANDES-SN