Os servidores públicos municipais de Gurupi receberão a recomposição salarial da data base retroativo a 1º de maio. No entanto os servidores da Unirg deverão receber com data retroativa ao dia 01 de janeiro, considerando a data base da Fundação e Centro Universitário Unirg, por ter lei própria e data base diferenciada dos servidores municipais. “O Sávio [Presidente da Fundação Unirg] está terminando de fazer o impacto financeiro para ver se entra de uma vez ou será parcelado”, disse o procurador do município Thiago Benfica ao Portal Atitude.
O anúncio foi feito pelo prefeito Laurez Moreira (PSB), após reunião com os vereadores que compõem a base de apoio do Executivo e secretários municipais. O Projeto de Lei será encaminhado à Câmara com a mensagem de recomposição de 6.29%, relativos às perdas salariais do ano de 2016, de acordo com o IPCA – Índice Nacional de Preços ao consumidor Amplo.
Maior patrimônio
“Nossos servidores são o maior patrimônio da Prefeitura de Gurupi e mesmo em meio a uma crise nacional, vamos cumprir com o nosso dever de repor perdas salariais e vamos repô-las retroativas a 1º de maio” – argumenta o prefeito de Gurupi.
Para o líder da bancada, vereador Ivanilson Marinho (PMDB), Gurupi tem se esforçado e tem conseguido honrar com pagamento em dia de salários dos servidores e vai cumprir com mais essa responsabilidade. “Essa é uma grande vitória para os servidores e também para a Câmara Municipal de Gurupi porque estamos garantindo o pagamento dos direitos dos servidores, em meio a grandes dificuldades, num momento de crise nacional” – enfatiza o vereador por meio da assessoria de comunicação da Prefeitura.
Unirg
No entanto, o procurador do município, Thiago Benfica, afirmou ao Portal Atitude que a recomposição dos servidores da Unirg serão retroativa ao mês de janeiro.
“A gente poderá fazer parcelamento porque toda recomposição é com base de janeiro a dezembro do ano passado e como a Unirg é por lei vamos estudar a recomposição deste período, enquanto a do quadro geral da Prefeitura é maio. No caso da Unirg, Sávio Barbalho [Presidente da Fundação Unirg] está terminando de fazer o impacto financeiro para ver se entra de uma vez ou será parcelado”, disse Benfica.
O presidente da seção sindical Apug-Ssind, professor Gilberto Correia comemorou a decisão política de efetuar a recomposição, mas lamenta que tenha sido por meio de pressão e muito desgaste. “Não precisava de nada disso, porque é obrigação constitucional, explicita na Constituição Federal. Tanto é verdade que nem mesmo a Lei de Responsabilidade Fiscal ousou confrontar a lei que Executivo fica afrontando todo ano. As categorias possuem data base. A nossa é em janeiro e cumprimos todo ano o rito de enviar antecipadamente nossas propostas, inclusive as salariais, mas o jogo de empurra-empurra é muito grande. Agora temos que lutar ainda pela retroação a janeiro. Em anos anteriores, foi paga em três vezes e esperamos que façam isso novamente, evitando-se mais desgaste e até mesmo ajuizamento de cobrança de direitos”, afirmou Correia.
O presidente da Apug ressaltou ainda que existem outras demandas, como as progressões que não estão sendo pagas, adicional noturno, insalubridade, professores com dedicação exclusiva recebendo a menor desde 2010 e ainda, segundo Gilberto Correia, a precarização do docente contratado, que recebe menos que devia e ainda não tem direito à titulação que faz jús se for mestre ou doutor. “Todo o tempo estamos tendo que reivindicar direitos legais. Quem sabe um dia, com a autonomia administrativa financeira e com a desvinculação de contas, os gestores entendam que a Unirg nunca foi problema, mas sim a solução para a cidade. Vamos aguardar os próximos capítulos das discussões e analisar o que é melhor para o bem da categoria docente da Unirg. Estamos agendando novas reuniões com o prefeito e presidente da fundação Unirg”.
Fonte: Wesley Silas/Portal Atitude
Fotos: Wesley Silas – Portal Atitude