O Comando Nacional de Greve (CNG) do ANDES-SN realizou, na tarde desta quarta-feira (7), uma atividade na Câmara dos Deputados contra a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 395/2014, que libera a cobrança de cursos de extensão e mestrado profissional em instituições públicas. Os docentes também usaram o espaço para criticar a violência da Polícia Militar do Distrito Federal na manifestação de greve que ocorreu na última segunda-feira (5), em frente ao Ministério da Educação.
A PEC 395/2014 já foi aprovada na comissão mista que avaliou a matéria e pode ser votada no plenário da Câmara e do Senado a qualquer momento. Nesse sentido, o CNG vem orientando que os docentes também intensifiquem a pressão junto aos deputados federais e senadores, nos estados e no Congresso Nacional, pela rejeição da PEC 395/2014, dando publicidade à Carta aos Parlamentares elaborada pelo Comando de Greve.
Na atividade desta quarta, os representantes do Comando de Greve distribuíram às lideranças de todos os partidos com representação na Câmara um conjunto de documentos que explicam a posição do CNG ANDES-SN contrária à aprovação da PEC. O CNG ANDES-SN considera a medida como mais uma forma de privatização da educação pública, e que pode abrir as portas para posterior cobrança de cursos de graduação e de pós-graduação stricto sensu nas instituições públicas. Antes, o CNG já havia participado de outras atividades nas quais denunciou o caráter privatista da PEC 395. (veja aqui)
Os docentes também entregaram aos deputados uma nota de repúdio à violência policial ocorrida na frente do Ministério da Educação (MEC), no dia 5, quando os manifestantes foram surpreendidos por cassetetes e sprays de pimenta ao se organizar para terminar a manifestação de greve.
Luciana Moreira, do CNG do ANDES-SN, avaliou positivamente a atividade pelo debate que foi gerado com os parlamentares. “Foi importante porque nós colocamos informações que muitos deputados não conheciam sobre a PEC. Deixamos a reivindicação aos deputados de que o CNG ANDES-SN seja procurado para debater o projeto. Nosso princípio é a defesa da educação pública e acreditamos que o dinheiro público deve ser investido na educação pública, e é necessário que apresentemos essa posição aos deputados porque, no final, são eles que votarão esse projeto”, disse a docente.
Fonte: ANDES-SN