Representantes da APUG criticaram na manhã desta terça-feira, 26, a aprovação de uma Lei Municipal sancionada em setembro deste ano que dificulta a permanência de mestres e doutores na instituição e que poderá reduzir o Centro Universitário em Faculdade.
Representantes da Associação dos Professores Universitários de Gurupi – Apug-Ssind, estiveram na manhã de hoje na Câmara Municipal de Gurupi para cobrar dos vereadores uma medida para pressionar o Executivo Municipal a revogar parte de uma Lei aprovada em setembro deste ano que, segundo eles, poderá prejudicar a qualidade do ensino e tirar autonomia da instituição como Centro Universitário. “Só se preocuparam com a questão do impacto financeiro e esqueceram que isso vai trazer grandes problemas. A curto prazo, se não for equacionado, não teremos mestres e doutores suficientes para atenderem a legislação e podemos até sermos rebaixado de Centro Universitário para Faculdade”, disse o presidente da APUG, Gilberto Correia. “Até 2016 todas as faculdades têm que ter até 30% de mestres e doutores em cada curso e nós não temos nem 20%”, acrescentou Correia.
De acordo com Correia, a Lei também prejudica os professores contratados que possuem títulos de mestres e doutores. “Quem é hoje contratado pela casa como mestre e doutor pela lei aprovada a partir de janeiro vai receber como especialista. Vai ser rebaixado o salário”, explicou.
Com a nova lei, os professores que passaram no último concurso público com titulação de mestre e doutores só receberão os vencimentos com os respectivos títulos após terminar o período probatório. “E o mais grave ainda é que temos 172 professores na casa que são contratados e foram oferecidas apensa 56 vagas, principalmente na saúde, psicologia e direito. Ocorre que muitos destes professores não sabem que terão que enfrentar três anos recebendo como especialista e só no terceiro ano é que poderão solicitar e, ainda vão esperar mais um ano. Vão esperar quatro anos até que possam receber por suas titularidades”, explicou o vice-presidente da APUG, professor Paulo Henrique Costa Mattos.
Segundo Mattos, o Centro Universitário UnirG conta hoje com 17 doutores e 72 mestres, número muito abaixo do esperado. “São números que estão abaixo do que deveria ser para atender o que a legislação colocar a partir de 2016. Infelizmente com a aprovação desta lei municipal cria uma evasão dos professores que eram contratados e com o concurso que tinham a expectativa de terem seus títulos reconhecidos e receber o pagamento conforme a titularidade”, disse.
Texto e Foto por: Wesley Silas