A Diretoria da APUG-SSind, tendo cumprido seu mandato no biênio 2012-2013, por ocasião de sua transmissão de mandato, nesta segunda-feira, dia 11 de novembro, agredece a todos os que estiveram envolvidos neste processo de luta sindical: os sindicalizados todos, em especial, os que compareceram nas muitas assembleias do período, externando sua postura, seu voto e a adesão e acatamento das decisões plenárias.
Esta Diretoria buscou ser coerente com as lutas e a identidade do Sindicato como entidade classista que luta pelos interesses de seus sindicalizados. Muitas vezes, ocorreram as acusações caolhas de que a APUG-SSind não estivesse vislumbrando a UnirG em suas preocupações, querendo apenas que os direitos de professores fossem plenamente satisfeitos. Tivemos que ouvir que as reivindicações, de direito líquido e certo, a exemplo dos direitos de progressão de carreira, são diametralmente opostos aos interesses da UnirG.
Esta Diretoria termina seu mandato na pura melancolia. Foi vitoriosa no sentido de conseguir a confirmação de suas lutas com a entrada de uma nova conjuntura política na gestão municipal, a quem ela devotou sua confiança, e sai com o sentimento de ter sido traída e desrespeitada.
Dos direitos de progressão, foi obrigada a recorrer à Justiça para garanti-los. Tendo ganhado a questão e tendo ainda como parte das negociações de finalização de greve a declaração de que a decisão da Justiça seria suficiente para o atendimento desses direitos, ela encerra seus trabalos mais uma vez iludida.
Foi uma Direoria que buscou defender o que era digno, com a clareza do que somos enquanto UnirG e Sindicato. Muitas coisas foram conquistadas. Coisas que ficam obnubiladas com as posturas pouco dignas dos gestores que modificam o Plano de Carreira sem participar nada com ninguém, que recorrem de uma decisão judicial depois de também se valer deste desafio, que se vale do apoio que goza o Executivo com maioria na Câmara para truncar direitos como férias, qualificação. Pior: que se vale de presteza judicial para demitir professores contratados no meio do período, deixando-os à deriva, sem condições de garantir a dignidade de sua vida, descartáveis que são.
Por conta disso, esta Diretoria, em vez de se colocar na otimização relatando o que realizou, prefere se despedir com um texto do intelectual, físico, artista e militante político argentino Ernesto Sábato. Um intelectual que preferiu abandonar sua promissora carreira de doutor em Física Nuclear para se engajar nas causas políticas em favor dos desfavorecidos. O texto que anexamos aqui se intitula PACTO ENTRE DERROTADOS. Ele se encaixa bem naquilo que gostaríamos de declarar neste fim de mandato e também no início do mandato da Diretoria do Prof. Gilberto Correia da Silva, a quem externamos todo o desejo de realizações. Sobretudo porque o sentimento de amargura, decepção e derrota não se restringe somente à Diretoria que ainda ensaia estes agradecimentos.
A todos, nosso muito obrigado.
José Carlos de Freitas
Presidente da APUG-SSind
Muito bem Professor José Carlos de Freitas! Saiba que Vossa Senhoria tem amigos! Como eu disse em 2009: “A Unirg é um Patrimônio de toda a sociedade, foi criada para fazer o bem às pessoas, por meio do trabalho (honesto!) de seus docentes”. É lamentável que algumas pessoas não entendam essa função social! Há que se resgatar o homem docente em sua unidade perdida! É muito cruel o que estão fazendo a todos aqueles que tentam lutar por uma Gurupi melhor, e por um mundo melhor! Basta colocar o dedo na ferida e apontar os erros, basta criar alguma comissão que tenha por objetivo dar transparências aos gastos públicos, basta fazer uma defesa em prol do bem comum, e começam os atentados aos direitos da personalidade, à dignidade, em claro descumprimento das Leis vigentes e do próprio Regimento Acadêmico do Centro Universitário Unirg. Aos “puxadores de ficha” deixo a seguinte mensagem: – O trabalho de recuperar a humanidade perdida, começa pela Docência, começa pelo trabalho dos professores que estão sendo humilhados, maltratados e traídos. É preciso educar as pessoas, para transformar o espírito! A educação é o primeiro passo no resgate da cidadania. É lamentável saber que a corrupção tomou conta das sociedades. Em Brasília um Ministro acaba de ganhar R$ 2 milhões, enquanto em Gurupi a propina gira em torno de R$ 30 mil. Enquanto isso as pessoas passam fome, são destratadas nos hospitais, contam com péssima educação, em virtude do descaso com a docência. O dinheiro do nosso Campus Universitário se foi, ainda gastaram R$ 500 mil com um parecer que está engavetado, e ainda fizeram um acordo de R$ 1 milhão, que por sorte foi suspenso pela Justiça, isso pra não citar outros desmandos! Mas, a revolução docente talvez já esteja acontecendo, “de modo silencioso e subterrâneo, como os brotos que pulsam sob a terra do inverno”, como disse Ernesto Sábato. Chega! Basta! À Batalha nobres colegas! docentes…