Após mais uma reunião tensa para discussão de questões trabalhistas, a APUG e a Comissão de Negociação Salarial conseguiu assegurar o pagamento da recomposição salarial em setembro, do índice de 3,75% aos professores e também para os servidores técnico-administrativos, relativo ao período de janeiro a dezembro do ano passado, que deveria ter sido aplicado desde janeiro deste ano, conforme prevê a data base da UnirG, de acordo com a Lei Especial 1755, que regulamenta a atividade docente da instituição.

Na abertura da reunião com o presidente da Fundação UnirG, Thiago Benfica, que contou também com a presença da reitora e do pró-reitor de graduação e extensão, Benfica apresentou a minuta do projeto que será assinado pelo prefeito nesta quarta-feira (4) e posteriormente encaminhado à Câmara de Vereadores, para que seja lido, encaminhado  às comissões, aprovado em plenário, para que possa valer já para a próxima folha de pagamento, com fechamento previsto para o dia 27 do mês corrente.

Para o presidente da seção sindical, prof. Paulo Henrique Costa Mattos, “a recomposição foi uma grande conquista da atual diretoria, face os entraves que só foram superados com um esforço enorme de negociação com a fundação, para que fosse garantido esse direito constitucional a todos os professores e técnicos administrativos”, afirmou.

O professor Gilberto Correia, membro da comissão de negociação da APUG, disse gostar do desfecho da garantia da recomposição, mas lamentou que tenha sido por meio de muito desgaste. “A recomposição salarial é uma garantia constitucional, não precisava de tanta discussão e debate, até porque não entra no índice de gastos previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal. Todo ano somos afrontados, desgastados pela gestão, que não respeita nossa data base (em janeiro), mas ficam enrolando. Menos mal conseguirmos que o direito não fosse sonegado, mas ainda teremos que esperar pelo retroativo até janeiro”, esclareceu o diretor nacional do ANDES.

Mesmo com a confirmação do pagamento da recomposição, Paulo lembrou que existem outras demandas, como as progressões que não estão sendo pagas, adicional noturno, insalubridade para professores da área da saúde, docentes com Dedicação Exclusiva que estão recebendo a menor desde 2010, além da precarização do docente contratado, que não tem direito à titulação devida, se for mestre ou doutor.

O presidente da APUG falou do papel da classe docente no desenvolvimento da UnirG e como isso acontecerá. “Todo o tempo estamos tendo que reivindicar direitos legais. E ainda temos que fortalecer a luta pela autonomia financeira e administrativa, para que a desvinculação de contas mostre aos gestores que a UnirG não é problema, mas sim solução para Gurupi, desde que não tenha interferência administrativa e ingerência na gestão, com total autonomia”.

Paulo Henrique destacou também a importância dos docentes na Assembleia Geral de quinta-feira (05/09), para ser discutida a forma de negociação e pressão da categoria, em garantir o pagamento de todos os direitos já reivindicados e aqueles que serão negociados. “É preciso ainda que o Conselho Superior Acadêmico seja acionado e debata também o planejamento econômico para ampliação das receitas, e não cair sempre no discurso de que sonegação de direitos trabalhistas resolve os graves e crônicos problemas que a gestão não consegue resolver”, finalizou. A Assembleia acontecerá na quinta, às 16 horas, no auditório Laudete Aires, do próprio sindicato.

ASCOM/APUG-SSIND