Com a proposta de debater as lutas oligárquicas no então norte goiano, hoje sudeste do Tocantins, acontece hoje a noite, via Google Meet, o quinto encontro do segundo semestre de 2020, do Curso de Extensão em Filosofia, Literatura e Cinema, produzido pela Seção Sindical Apug-Ssind, em parceria com os cursos de Letras, Pedagogia, Psicologia, Direito e Educação Física da Universidade Unirg. O filme a ser exibido é O Tronco, direção de João Batista de Andrade, com o Tema: Lutas oligárquicas no antigo norte goiano e atual Tocantins.

Na mesa estarão como debatedores a professora Maria Wellitania Oliveira e o professor Fabiano Donato, ambos da Unirg e como convidado, o professor Pedro Alberice da Rocha, da UFT de Araguaina.

Sinopse do Filme
O coletor de impostos Vicente Lemos (Ângelo Antônio) é enviado para um pequeno município da região norte de Goiás (Dianopolis/To) – atual estado do Tocantins. Lá, entra em conflito com o coronel Pedro Melo (Rolando Boldrin), seu próprio tio, por discordar dos métodos que este utiliza para manter o domínio absoluto das terras da região. O filho de Pedro, Artur (Henrique Rovira), é ex-deputado e ex-aliado dos coronéis sulistas.

A discordância acaba fazendo com que os Melo e seus aliados coloquem fogo na coletoria de Vicente, o que faz com que este denuncie a família para a sede do governo. O governo manda uma tropa do exército para a região. Também envia o juiz Carvalho (Antônio Fagundes), que leva consigo uma ordem de prisão aos membros da família Melo. Os Melo reagem à prisão; Pedro é assassinado e Artur foge. O exército trata os capturados como escravos, prendendo todos os homens da família no antigo tronco da propriedade Melo. Enquanto isso, Artur reúne jagunços para iniciar uma verdadeira guerra contra os militares.

Elenco principal: Ângelo Antônio como Vicente Lemos, Antônio Fagundes como Juiz Carvalho, Chico Diaz como Catulino, Letícia Sabatella como Anastácia, Rolando Boldrin como Pedro Melo.

O Tronco foi o primeiro romance a ser escrito pelo goiano Bernardo Élis (1915-2015) ainda em 1956. Ele se tornou o primeiro e único escritor goiano a ingressar na Academia Brasileira de Letras. De uma familia tradicional de Goiás, Élis atentou-se a literatura e aos causos regionais. A saga do Tronco é sem dúvida uma das literaturas tocantinenses importantes, sendo uma das principais obras literárias do Tocantins até os dias de hoje. O desenrolar da história aconteceu no norte de Goiás, no município de Dianópolis.

Por sua representatividade e pela representatividade de sua família Élis teria fácil acesso as informações e os contextos vindos do Norte de Goiás, além de tudo, o autor conhecia a região em seus mais diversos aspectos, físicos, sociais e políticos, o que funcionou como base para a escrita da obra.
O Link do Google Meet será enviado às 19 horas e o início da quinta edição, às 19h30min.

Fonte: Ascom/Apug-Ssind