O Conselho Curador da Fundação UnirG se reuniu, nesta segunda-feira, dia 10 de junho. Entre seu expediente normal, acolheu o pedido do Presidente da Fundação Antônio Sávio Barbalho para poder expor as planilhas aos conselheiros e colocá-los a par da necessidade de reajustar as mensalidades dos acadêmicos em 15%.

A explanação das dificuldades financeiras não diferiu das anteriores que vinham sendo relatadas, em sucessivas reuniões, com a comissão composta de representantes do DCE, APUG-SSind, Asaunirg e Reitoria. Também foi de igual teor da reunião de 6 de junho, quinta-feira, com as duas entidades sindicais da UnirG.

Em resumo, o reajuste de 15% nas mensalidades pode ajudar a melhorar um pouco o arrocho por que passa a UnirG. Mas não oferece muita margem de manobra ante as demandas totais das despesas. Além disso, pelas planilhas expostas, cerca de 9 cursos da UnirG não conseguem sair de um índice negativo. Junta-se a isso o ainda alto índice de inadimplência. Segundo o Presidente, muitas medidas duras foram tomadas, como a de colocar o nome dos devedores no SPC ainda com o semestre em curso. Outra medida é a não mais permitir que o aluno deixe para pagar só no fim do semestre suas mensalidades, sem ter sobre estes valores os juros normais. Ainda anunciou que a Fundação fará licitação para contrato de empresa com a finalidade de cobrar dívidas passivas que já somam quase 12 milhões.

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Questionado por que não optou por ter elevado mais um pouco o índice de reajuste, por exemplo, 20%, respondeu que até nisso precisava de cautela, pois os alunos não teriam condições de um impacto maior no momento. No entanto, deixou claro que, para realmente atender a todas as demandas, a UnirG precisava corrigir as mensalidades em 46%. Isso seria inviável sob todos os pontos de vista.

Esclareceu ainda que buscou o apoio do Executivo Municipal que concordou com as medidas, prometendo atuar com firmeza, pois, no fim de tudo, há a Lei de Responsabilidade Fiscal para ser cumprida. E declarou estar, no momento, numa situação delicada, oscilando entre os descontentamentos gerais e a necessidade de ser responsável com as contas da UnirG.

O Conselho Curador ouviu a equipe do Presidente, tirou suas dúvidas e argumentou em favor de mudanças no plano de captação das receitas, como a criação de novos cursos, oferta de pós-graduação, EaD, exploração das marcas, cobrança pelos serviços da Saúde em suas clínicas-escola, etc. Uma senhora presente chegou a fazer comparação entre o que gasta num colégio particular com sua filha e as mensalidades da UnirG e chamou a atenção de que a Educação tem que ser prioridade, justamente pelo custo que lhe é inerente.

O Presidente do Conselho Curador, por sua vez, informou aos pares que agendara uma audiência com o Sr. Prefeito Municipal Laurez Moreira, para sensibilizá-lo sobre a necessidade de devolver ao Conselho o seu caráter deliberativo. Esta reunião ficou adiada, por conta de imprevistos, para o dia 20 de junho.

A APUG-SSind, aproveitando essa disposição, pedirá ao Prof. Gomerindo que acrescente a essa pauta a AUTONOMIA também da Fundação UnirG, pelo restabelimento das eleições diretas para Presidente da Fundação.

José Carlos de Freitas

Presidente da APUG-SSind