Presidente Tiago Benfica garantiu iniciar pagamento na folha de março

Aconteceu na manhã desta segunda-feira (17), uma reunião entre a diretoria da APUG (professor Gilberto Correia e Plínio Selis) e Fundação UnirG (Tiago Benfica (presidente), Márcia Delfino Duarte Guerra (Diretora Financeira) e Nadia Beckmam Lima (procuradora jurídica) para discutir a pauta de reivindicações protocoladas no ano passado. Na reunião, também esteve presente a Comissão de Negociação (composta pelos professores Laslei Petrilli, Antônio Netto e Paulo Henrique), o Assessor Jurídico (Rogério Machado), o professor Marcelo Baptista (sindicalizado), e a Reitora Sara Falcão.

Pautas

O retroativo das recomposições referentes a 2018, implementada em setembro do ano passado, mas sem o devido pagamento do retroativo do período de janeiro a agosto de 2019;

A recomposição salarial de 4,75% de 2019, que deveria ser paga em janeiro deste ano;

As progressões e os retroativos das progressões, que alcança mais de 60 professores, nas progressões horizontal e vertical.

Depois de um início de reunião bastante tenso, e após intervenções de ambas as partes, ficou acordado que a Fundação UnirG iniciará o pagamento no mês de março, do retroativo da recomposição salarial do ano passado de janeiro a agosto (2,75%) e a partir de abril fará a implantação da Recomposição da data base deste ano, que segundo o IPCA ficou em 4,75%. Para tanto, o presidente se comprometeu a enviar para a Câmara de Vereadores o projeto de lei após o carnaval.

Quanto as progressões, ficou definido que a Fundação UnirG deverá apresentar uma proposta de pagamento das progressões para todos os 63 professores que já estavam na lista até dezembro de 2019, dos nomes já avaliados e encaminhados pela Comissão Própria de Avaliação Docente (CPAD). Para viabilizar tal proposta será feito um levantamento do montante financeiro pelo setor de Recursos Humanos da UnirG, após o período carnavalesco, ficando marcada nova reunião com a APUG e Comissão de Negociação para o dia 18 de março.

Também foi discutida a proposta de alteração do artigo da lei que determina pagamento de salário como especialistas, para mestres e doutores durante o período probatório e para os professores contratados. Porém, o presidente da Fundação, Tiago Benfica, argumentou que nesse momento qualquer mudança é inviável, uma vez que qualquer alteração impactaria os recursos financeiros da Universidade de Gurupi, que segundo ele, já está acima do limite prudencial.

O professor Paulo Henrique Costa Mattos, integrante da Comissão de Negociação do sindicato, diz que mais uma vez a APUG conseguiu garantir no processo de negociação o pagamento dos retroativos da recomposição salarial do ano passado e a Data-Base deste ano. Porém, a grande questão agora, será garantir o recebimento das progressões, uma vez que o não pagamento pode aumentar ainda mais o passivo financeiro, gerando maiores dificuldades. “A UnirG não pode continuar crescendo e se estruturando como universidade sonegando direitos básicos da carreira docente”, destaca.

Para o presidente da APUG-Ssind, Gilberto Correia da Silva, existe um processo de desvalorização dos docentes da UnirG há muito tempo, como se os professores fossem culpados pelas mazelas administrativas da instituição. “Os professores são os maiores interessados no soerguimento da UnirG, mas existem fatos e contra eles não há argumentos, na tentativa deslavada e ações da gestão de colocar o professor como vilão no processo. E uma das formas é a retirada dos direitos, sonegação das verbas legais e constitucionais dos docentes”, afirma o presidente, ressaltando que progressões não pagas, recomposições adiadas e outras ações interferem na qualidade do serviço docente, e neste processo, a Fundação tem que rever posicionamentos e buscar alternativas de modernizar a gestão.

Como exemplo, o presidente da APUG citou falta de dados (planilhas, valores, quantidade de professores e servidores) por parte da Fundação, para negar de pronto a implantação das progressões que não são pagas desde 2018, bem como as recomposições. “Nos cobram diariamente e até com certo exagero e pressão que façamos o nosso dever, mas não fazem com mesmo rigor o devido dever de casa, do planejamento anual para repassar os direitos  dos docentes. Direitos são para serem cumpridos também, mas parece que na UnirG, como de resto em todo o país, virou moda ou rotina suspender direitos para viabilizar outros projetos”, lamentou Gilberto Correia da Silva.

ASCOM/APUG-Ssind